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O salto da Natulab: farmacêutica projeta faturamento de R$500 milhões este ano

Fundada em 2000, na cidade de Santo Antônio de Jesus (BA), a Natulab, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do país, projeta um faturamento superior a R$500 milhões este ano, um crescimento em torno de 35% em relação a 2021. A empresa mantém na Bahia um centro de distribuição (CD) e duas unidades fabris, uma dedicada a medicamentos e outa a suplementos vitamínicos, e um escritório administrativo em São Paulo, gerando cerca de mil empregos, sendo que 93% atuam no munícipio baiano.

Especializada em medicamentos isentos de prescrição (MIPs), medicamentos fitoterápicos e suplementos vitamínicos, em setembro de 2013, a Natulab passou a fazer parte da carteira do fundo de investimentos Pátria e, em abril de 2021,  Guilherme Maradei tornou-se o CEO, implementando uma nova estratégia de crescimento sustentável, que vem gerando resultados positivos e acima da média do mercado, melhoria de rentabilidade, estabelecimento de processos e políticas que têm contribuído para ganhos de eficiência e produtividade.

Com os produtos presentes em mais de 81 mil farmácias em todo o Brasil, a companhia fez investimentos de cerca de R$ 230 milhões nos últimos dois anos, sendo que R$ 60 milhões desse total foram investidos em 2022. Segundo Maradei, “o foco é na continuidade da estratégia atual, baseada em crescimento rentável com utilização eficiente de capital e destaca que a área de Pesquisa & Desenvolvimento recebe anualmente cerca de R$ 25 a R$ 30 milhões em investimentos”.

Para os próximos cinco anos, a expectativa da Natulab é que haja entre 5 e 11 novos produtos lançados. Em 2021,  foram seis e, em 2022, outros cinco medicamentos ganharam o mercado até o momento. Um dos lançamentos recentes foi o Seakalm 600mg, uma dosagem superior à existente até então, de 260mg, que atendeu à demanda crescente por consumidores interessados em calmantes naturais em dosagens mais altas. Atualmente, o produto é líder na categoria de calmantes naturais de alta dosagem.

Portfólio

O laboratório tem um portfólio com mais de 150 apresentações, entre os  principais comercializados estão Maxalgina (dipirona sódica), Viter C (ácido ascórbico), Hidraplex (reidratante oral), Hidralyte (reidratante oral), Xarope de Guaco (Mikania glomerata S.), StarforC (aspartato de arginina e ácido ascórbico) e Varivax (Aesculus hippocastanum L.), entre outros.

Mesmo comemorando faturamento acima da média e sucesso em vendas, a produção de medicamentos vem sendo impactada pela escassez de matéria-prima e  materiais de embalagem utilizados para a fabricação, que tem causado dificuldade de atendimento da demanda de mercado, especialmente para as categorias de produtos como analgésicos/antitérmicos, antibióticos, xaropes e demais produtos utilizados na prevenção e tratamento de sintomas associados à covid-19, gripe/influenza e outras infecções respiratórias.

Segundo a empresa, a  escassez de materiais tem diversas causas, sendo as principais a ruptura nas cadeias de suprimento globais envolvendo fabricantes de insumos na Ásia (principalmente China), somada às dificuldades ocasionadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que vem impactando o mercado de energia global. A falta destes recursos levam a um aumento significativo nos custos de insumos, que chegam ao Brasil também impactados por uma taxa de câmbio desfavorável, em função da recente desvalorização do real contra o dólar e outras moedas fortes nos últimos dois anos.

Para 2023, a empresa espera uma melhoria gradual no cenário global de fornecimento de matéria-prima, com a regularização na disponibilidade de insumos atualmente em falta. “Esperamos que essa regularização também traga consigo uma redução nos custos de ingredientes farmacêuticos e materiais de embalagem atualmente vendidos a preços significativamente acima da média histórica. Dessa forma, o setor farmacêutico deverá conseguir voltar a abastecer os pontos de venda e regularizar os níveis de estoque em distribuidores e redes de farmácia, de maneira a atender à demanda de consumidores. Dessa forma, poderemos seguir com a estratégia em busca de melhorias operacionais, com o objetivo de manter o ritmo de crescimento sustentável que caracterizou os resultados da empresa recentemente”, finaliza  Guilherme Maradei.